ISBN:
978-85-8180-096-7
Editora: KBR
Autor: Antonio Ernesto Martins
É um mergulho profundo nos bastidores do consumo e do tráfico
de drogas, que privilegia o ponto de vista do viciado em seu conflito interno
com a droga. Conta em detalhes e com impressionante realismo como se forma a
dependência e como ela vai sorrateiramente minando a vida do usuário em
diversos aspectos. A luta de Toninho para se liberar do vício tem como pano de
fundo o cenário de violência que vai aos poucos tomando conta do Rio de Janeiro
a partir do boom da cocaína no início
dos anos 80, numa prévia da crítica situação que a cidade enfrenta nos dias de
hoje. Partindo de suas experiências pessoais nas drogas, Antonio Ernesto
Martins, desenvolve um romance autobiográfico, narrado na terceira pessoa, que
impressiona pela sua linguagem direta e pelo ritmo da narrativa inserida em diversos
acontecimentos importantes da vida social, política e cultural do Rio de
Janeiro e do Brasil.
Em
“Sacudindo o Pó da Estrada”, a querida Eldo Pop FM, a amada Fluminense FM, o
nosso eterno Circo Voador duelam com o lado B que navega no mundo dos
devastados pela cocaína e, sobretudo, pelo desleixo afetivo que assolou, assola
e, lamentavelmente, ainda vai assolar muita gente que, por bilhões de razões
não se encaram no espelho. Livraço de Antonio Ernesto Martins! Aos puristas,
lembro que o texto está longe de ser formal, esmerado, elitista. Muito longe. E
acho que mora aí um dos diferenciais deste livro que, com certeza, vai fazer
muita gente sacudir o pó da estrada rumo à felicidade plena e, evidentemente,
real.”
Luiz Antonio Melo
Escritor,
jornalista e fundador da rádio Fluminense FM
“O
autor põe “Toninho” a transitar por um mundo repleto de novidades, surpresas,
satisfações e muita crueldade, coisa essa que o leva, por exemplo, a relembrar
o que foi a monstruosidade da ditadura militar e a chacina de Vigário Geral.
Mas também o movimento de redemocratização e a explosão do rock nacional a
partir dos anos 80. Capítulos marcantes da recente história brasileira que são
alguns dos panos de fundo de sua luta contra o vício. A sutil maneira como o
ficcionista Antonio Ernesto atua, na composição do seu “Toninho”, vale dizer,
sem exagero, que ele conseguiu botar de pé um dos mais ricos personagens da literatura
brasileira.”
José Louzeiro
Escritor,
Roteirista e Dramaturgo
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